Merecidas férias!

Viajar é um dos melhores investimentos que podemos fazer na vida e há tempos não fazia uma “super” viagem de férias.  A brincadeira com uma amiga transformou-se em realidade e na realização de sonhos de ambas. Com trajetórias de vida parecidas, tínhamos em comum três sonhos: conhecer o lugar de origem da família de cada uma, conhecer a Grécia e assistir ao campeonato de tênis (Roland Garros). Tiramos nossos 30 dias merecidos de férias e demos início a esta aventura, que, além do mais, seria uma verdadeira prova de amizade (será que conseguiríamos não brigar durante todo esse tempo?).

Iniciamos nossa viagem pela Itália: Milão, Veneza, Florença, Polesella (a cidade natal da família da minha amiga) e Roma. Fizemos esta parte de trem e foi muito divertido.  Os italianos foram muito simpáticos, e as comidas, maravilhosas. Tomamos muito vinho, também.  Muitas emoções em pisar na história, sentir a energia do Coliseu, ver a estátua de David, o passeio de gôndola, a Fontana de Trevi e ainda chegar à graciosa Polesella.

Desta parte, elegemos Veneza (foto acima) a nossa preferida. A sensação é de estar dentro de uma pintura, de tão linda! Da Itália fomos para a Grécia, como toda aquela tensão de greves e problemas por lá, além dos problemas do vulcão na Islândia. Felizmente, tudo conspirou a nosso favor e iniciamos pela ilha de Santorini, chegando com o nascer do sol. Kalimera! (Bom dia em grego). Que lugar maravilhoso é Santorini! No mesmo dia, tivemos uma visão privilegiada do por do sol de tirar o fôlego, saboreando um delicioso vinho local. Os gregos são extremamente simpáticos, de maneira que você até esquece que não sabe falar a língua. As comidas também são muito saborosas: mussakas, sakanakis, gyros (churrasco grego) etc. Visitamos um vulcão ativo, o Nea Kameni, e pudemos ver a fumaça saindo de uma das suas várias crateras e sentir o cheiro de enxofre.  A paisagem parece outro planeta e, mesmo sendo inóspita, pequenas plantas e flores brotam do solo. As praias têm areia preta e são lotadas de gatos (sim, bichanos, mesmo), uma paisagem no mínimo diferente.

Seguimos para Atenas de “speedy boat”, que leva 5 horas em um superconforto. Ficamos surpresas ao chegar à Atenas: cidade grande, bonita, arrumada, limpa. Se estão em crise, não é chegando lá que você percebe.  De novo, pisando na história: Acrópole, Templo de Zeus e demais ruínas. Tudo gigante, muito lindo! De Atenas pegamos um voo para Viena e ali alugamos um carro, andando cerca de 1000 km em menos de uma semana: Bratislava (Eslováquia) — cidade que chegou a fazer parte da Hungria e é a terra natal da minha mãe.  Fiquei muito emocionada. Daí seguimos para Budapeste, Hungria (foto abaixo), onde minha mãe morou desde criança e terra natal do meu avô. Além de poder comer todas as comidas que minha mãe fazia e descobrir que ela o fazia com perfeição, senti-me em casa: lá todos parecem com minha família, inclusive na maneira de ser.  Provamos o famoso e delicioso vinho Tokay, entre outras delícias locais: goulash, langos, korozot etc. Difícil conter as lágrimas e a saudade da minha querida mãe, que nos deixou há um ano.

Continuamos de carro até Salzburgo (Áustria), cidade onde nasceu Mozart, e ficamos encantadas com a beleza.  De lá seguimos para Munique, na Alemanha, onde tomamos o famoso chope da choperia mais antiga da cidade, Hofbräuhaus München, que desde 1589 coleciona histórias.  Descobrimos que o rio Danúbio não é azul, como diz a música, mas é bonito mesmo assim. Dali rumo à realização do último sonho da dupla de tenistas de fim de semana que somos: assistir Roland Garros.  Parecíamos crianças de tão felizes! Assistimos ao jogo do Federer, da Venus, entre outros.  Um mundo à parte que valeu cada centavo do ingresso caro que pagamos, apesar da cidade-luz, Paris, estar tão lotada de gente.  Para finalizar, fomos ao castelo de Versalhes. O passeio vale a pena, apesar do tempo na fila para comprar ingressos. Como dizem, as pessoas viajam para encontrar a si mesmas, e podemos dizer que fizemos isso e nos divertimos muito, que foi muito bom resgatar nossas raízes, assim como é também sempre muito bom, voltar para casa. Para os curiosos, conto que não brigamos!

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