Honrando os ancestrais da América do Sul

Peru, um país de contrastes, onde as tradições nativas convivem em harmonia com o moderno. É maravilhoso poder andar pelas montanhas, ruínas, templos, áreas restritas ao público em geral e sentir a força que emana da Mãe Terra e de toda a tradição dos povos andinos.

Sempre fui fascinado por essa cultura e seus mistérios. Após minha primeira visita, minha paixão foi tão grande, que passei a levar pessoas que estão empenhadas nas suas buscas espirituais. Esses grupos são abertos a todas as pessoas, independentemente de crença ou religião. Nossa viagem começou em Lima, capital do Peru. Cidade linda, onde o novo e o velho se integram com simplicidade. 

A beira-mar, em Miraflores, encontramos o Parque Del Amor, com a megaescultura “El Beso” e muros com frases românticas de poetas peruanos. Os bancos lembram obras de Gaudí. No Parque Maria Reiche, pudemos ver jardins floridos com o formato das “linhas de Nazca”. Durante o city tour caminhamos pelo centro antigo, Praça de Armas, Catedral e monumentos históricos, onde se podem observar casas antigas, com balcões alongados todo trabalhados em ricas esculturas na madeira. Visitamos dois locais de grande magia e mistério: as ruínas do templo Oráculo Pachacámac (do quéchua Pacha Kamaq, “Que dá vida ao mundo, o criador do mundo”) e o Templo de Mamacumas e das mulheres escolhidas (Pirâmide do Sol e da Lua). 

De Lima seguimos para Cuzco, considerada a capital do Império Inca e o Umbigo do Mundo. Como Cuzco fica 3.400 m acima do nível do mar, e para evitar o “soroche”, mal de altura, decidimos nos hospedar no Vale Sagrado já a caminho de Machu Picchu.

Quando descemos para o vale, nos deparamos com uma paisagem indescritível: ora uma paisagem seca e árida, ora pastos verdejantes e plantações de verduras e legumes nas terraças das montanhas. Pisac foi nossa primeira parada e lá visitamos um complexo de templos que fazia parte de uma fortaleza que defendia todo o vale. Fizemos uma caminhada muito interessante e rica em conhecimento. De lá fomos ao centro da cidade. Chegamos num dia de feira, quando centenas de barracas são colocadas na praça central, onde se encontra de tudo: objetos de prata, roupas, ponchos, camisetas e artesanato local. 

Seguimos nosso caminho e passamos por Urubamba, uma cidade muito bonita e aconchegante. Fomos dormir em um hotel de charme em Ollantaytambo, com pequenos chalés de bom gosto. Nos seus jardins encontramos algumas lhamas pastando. O hotel disponibiliza para os hóspedes um telescópio para observar as estrelas ou as montanhas com seus templos e depósitos que eram utilizados para armazenar alimento.

Uma curiosidade em todo o Vale Sagrado é que as mulheres se apresentam com roupas típicas e com arranjos de flores em seus cabelos. Cada tipo de flor identifica seu estado civil. Solteira, noiva, casada, viúva e meio virgem (aquela que já teve um homem e não se casou). Nessa cidade visitamos o Templo Lemuriano de Ollantaytambo. Um local magnífico, com grandes escadas e,  no topo, o Templo do Amor, onde há um grande altar construído em quartzo rosa. 

O trem, que nos conduziu a Machu Picchu saiu da Estação de

Ollantaytambo, vão desde os populares, frequentados pelos nativos que levam consigo sua produção, até os de luxo, dedicado só para turistas. Esses últimos têm teto de vidro que permite uma visão panorâmica da viagem. Todo o percurso é acompanhado por um rio tortuoso. Chegamos por volta do meio-dia, nos acomodamos no hotel, almoçamos e partimos para a Cidade Cristal. Com o coração acelerado, subimos por um caminho em zigue-zague. Paramos num pátio, pegamos nossos ingressos e seguimos por um caminho tortuoso, até que repentinamente descortinou-se à nossa frente um cenário ímpar, onde o belo e o sagrado se apresentam na simplicidade e harmonia que os Incas conseguiram edificar. Ao final da tarde, nosso trem nos conduziu a Cuzco. Uma cidade grande, no meio do vale, cercada de montanhas altas e com muitos lugares para conhecer. 

Ficamos num hotel bem perto da Praça das Armas e, após o café da manhã, fomos ao Corikancha, o Templo Dourado. Esse local foi, durante muitos anos, dos Dominicanos, que revestiram suas paredes de gesso e as pintaram com arte cristã. Em 1950, resistiu bravamente a um terremoto que destruiu a morada dos Padres Dominicanos e deixou à mostra as maravilhas que haviam por baixo do gesso. O governo desapropriou os prédios ao redor e deu vida a um novo jardim.

Visitamos na sequência a fortaleza de Sacsayhuaman, com grandes pedras que se encaixam milimetricamente, entre as quais uma,  gigantesca, possui 13 tipos de encaixes diferentes. Tambomachay, o templo das águas, é um local onde o povo reverenciava as águas e local de descanso do imperador. É composto por uma série de aquedutos, canais e cascatas que correm pelas rochas. Kenko, o santuário dedicado ao Puma e a Pachamama, e Puka Pukara, a fortaleza vermelha, eram para a proteção da entrada da Cidade.

Nossa próxima viagem será de 19 a 28 de setembro de 2014 e  quiser saber mais, é só entrar no  site: www.xamaurbano.com.br, escrever para o e-mail: cyroleaoo@terra.com.br 

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