França – entre o passado e o presente

Um verdadeiro mergulho na História: eis a sensação da minha última viagem de férias. Meu destino? França, para onde parti, em junho de 2016, com um grupo de excursão. Nosso primeiro ponto de parada foi Lourdes.  Situada na região dos Altos Pirineus, Lourdes é uma comuna francesa que atrai anualmente cerca de seis milhões de visitantes, especialmente cristãos. O lugar é mundialmente famoso por abrigar a gruta rochosa onde, de acordo com a história, a Virgem Maria fez várias aparições para a pequena Bernadette Soubirous, de apenas 14 anos, que viu Nossa Senhora pela primeira vez no dia 11 de fevereiro de 1858. 

Sobre a Gruta da Aparição — que abriga uma imagem de Nossa Senhora de Lourdes — foi construída primeiramente a Cripta, em 1886 e, em cima dela, a basílica superior da Imaculada Conceição, aberta ao público em 1871. 

Após passar dois dias contemplando imensa paz em Lourdes, viajamos 336 km de estrada e chegamos a Rocamadour, numa imensa colina rochosa composta por construções antigas, cujo destaque é a Capela do Santuário da Virgem Negra, feita na oca do rochedo. Ao andar pelas construções me senti na Idade Média, literalmente. A cidade também é um forte ponto turístico de peregrinação, pois, de acordo com a tradição, foi nela que viveu o eremita Zaqueu — personagem bíblico que recebeu a visita de Cristo em sua casa e que teria levado para Rocamadour a estátua da Virgem Negra.

Depois de um longa viagem, 477 km de estrada, de Rocamadour até Chartres, fizemos um belíssimo passeio noturno, vimos 14 igrejas e monumentos  iluminados por projeções animadas que contavam histórias do universo, da construção dos monumentos etc.

Ao amanhecer, fomos conhecer um dos 35 patrimônios da UNESCO: a Catedral de Chartres construída no século XII e reconstruída após um incêndio. É uma marca do apogeu da arte gótica e se destaca pela riqueza dos detalhes de suas esculturas e pelos vitrais. Na Catedral de Chartres está uma relíquia: o manto usado por Nossa Senhora.

Seguimos na estrada para a próxima parada: Lisieux — outro ponto de peregrinação religiosa, por ser o local onde Santa Teresinha viveu. Visitamos a Capela e o Santuário construídos em sua homenagem —  e, novamente, contemplamos  a riqueza de detalhes e imagens do seu interior. Também visitamos o convento por onde ela passou — com um pequeno museu — e a casa onde morou com sua família.

Mais 201 quilômetros na estrada e chegamos à capital francesa para encerrar a viagem na Cidade Luz: Paris. No primeiro dia, uma caminhada noturna até a Torre Eiffel para admirá-la toda iluminada. A cidade, em clima de festa devido à Eurocopa, deixou nosso passeio ainda mais animado. No dia seguinte, subimos na Torre Eiffel, que oferece uma imagem deslumbrante de toda a cidade, com sua arquitetura preservada e de forma simétrica.

Não podíamos deixar de fazer um City Tour pelos principais pontos turísticos: Praça da Concórdia;  Avenida Champs-Élysées; Arco do Triunfo; Catedral de Notre Dame — cujo interior também requer tempo para ser observado em sua totalidade —; e a Ile de la Cité, a Ópera, a Basílica do Sagrado Coração e o Moulin Rouge. Caminhamos pelos cafés, cinemas, bares e lojas de grifes luxuosas da Champs-Élysées. Finalizamos nosso dia em um espetáculo de luzes que abrilhantaram a caminhada até o Arco do Triunfo.

No dia seguinte, após visitar a Capela de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, fomos ao Museu do Louvre. As quatro horas que passei em seu interior foi apenas um “petisco” de contemplação da arte, pois o museu ocupa mais de 60 mil metros quadrados e tem cerca de 35 mil obras expostas. Devido ao pouco tempo, fomos só às principais: o quadro de Monalisa, a escultura de Afrodite e da Vitória de Samotrácia — escultura que representa a deusa grega Nice e cujo culto, na Antiguidade, era destinado a garantir os combates navais ou impedir os naufrágios. Uma das seções que mais me encantou foi “Objetos de Arte”, com exposições dos ambientes e dos objetos utilizados pela realeza francesa. Para conhecer o museu recomenda-se, no mínimo, dois dias, pois é a história do universo expressado em Arte.

Encerramos o dia em um cruzeiro pelo Rio Sena e, de outro ângulo, apreciamos as belezas de Paris. Nesse nosso último dia de viagem, visitamos a parte mais moderna da capital, o bairro La Defense, repleto de arranha-céus e um arco gigantesco, em contradição com o resto da cidade. Aproveitamos para fazer compras no shopping local e, com um gostinho de quero mais, nos despedimos de uma cidade magnífica com um até breve! 

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.