Aventura no Chile

A minha primeira viagem para fora do país. Há muito tempo eu tinha vontade de ir para o exterior; para um país frio onde pudesse conhecer a neve.  

Durante três meses, eu e meu namorado, Daniel Fornari, nos dedicamos a montar um roteiro de quinze dias para conhecer o Chile e a Argentina. Saímos do Brasil com o roteiro montado e com a hospedagem garantida.

Na tarde do dia 15 de julho, embarcamos para Santiago. Foram quatro horas de voo, e já pude perceber aos poucos como era o idioma local, pois no avião havia muitos chilenos — a rapidez como eles falam o espanhol, mal dava para entender o que diziam.

Desembarcamos de madrugada em Santiago; o frio era intenso comparado ao inverno no Brasil — os termômetros marcavam 2 graus e ventava muito!

Na manhã do dia seguinte, decidimos fazer um tour para ver o que Santiago tinha a nos oferecer.  Logo de cara, deu para perceber o quanto a cidade é segura.  Os ‘Carabineros de Chile’, como são conhecidos os policiais no país, estavam por toda parte e muito bem preparados para qualquer imprevisto. 

Logo no primeiro dia conseguimos avistar a Cordilheira dos Andes. Quanto mais limpo o céu,  mais majestosa ela ficava. No almoço, fomos conhecer o Mercado Municipal, que é famoso pelos frutos do mar vindos do Oceano Pacífico. O lugar chama muito a atenção com as bandeiras penduradas, de todos os países. Comemos muito bem!

Entre os vários passeios que fizemos,  conhecemos as vinícolas Concha Y Toro, que é a maior produtora de vinho no Chile. É um passeio fascinante. Fomos acompanhados por um guia português, que nos contou a lenda do vinho mais famoso de lá: o Casillero del Diablo e a sua famosa lenda.  Em 1883, Melchor Choncha y Toro iniciou a produção de vinhos, de alta qualidade, que guardava na sua adega pessoal. Quando ele se tornou um sucesso, pessoas começaram a furtar os vinhos e, para combatê-los, Melchor criou a lenda de que o diabo frequentava a sua adega e que iria cobrar os ladrões. Assim, o fundador conseguiu recuperar os seus melhores vinhos.

Em Santiago ficamos por cinco dias, conhecendo muitos pontos turísticos. Depois, partimos para a grande aventura, a 780 km da capital: Pucon. A cidade é pequena, mas com uma riqueza natural impressionante.  Chamou-me a atenção a quantidade de cachorros de rua, todos super bem tratados. A ideia era fazer o trekking até o cume do Vulcão Villa Rica, mas não foi possível, pois ele estava ativo por conta da erupção que ocorreu no começo do ano. 

Mas isso não foi problema, pois proveitamos para conhecer a base do vulcão, e a neve fofa nos acompanhou durante toda a caminhada — quase morri congelada. Pude realizar o sonho de fazer bolinhas de neve, algo que só tinha visto em filmes.

Fizemos o rafting pelas águas das geleiras do Rio Trancura; para enfrentarmos a tremenda água fria, fomos todos equipados: roupas e botas de borracha, capacete e colete salva-vidas.  

Durante as remadas, além de poder admirar a paisagem coberta de gelo, era possível  ver a magnitude dos vulcões Villa Rica e Lanin.

Em Pucon fizemos o trekking do Parque Nacional Huerquehu — sem dúvida, o melhor passeio! Foram 16km em 5 horas de subida. Foi um tanto cansativo, mas depois só sobraram saudades e lembranças inesquecíveis.  

Em seguida fomos para a Argentina, mas não tenho muito o que falar de lá, pois só choveu e não deu para passear. 

Mas o Chile compensou! Adorei tudo o que vi. Realizei meu sonho de conhecer a neve — mesmo passando muito frio. Já estamos programando outra viagem. Deixando as obrigações do dia a dia — e minha coluna do Conseg — para o próximo mês! escreverei outras viagens como cidadã do mundo!

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