… E ter menos pena

Esta coluna é a continuação da que fizemos no mês passado, “Rir mais de nós mesmos”. E  é uma constatação de consultório de massoterapeuta. Aos meus amigos psicólogos,  desculpem-me se invado um tema tão complexo. Acreditem: são apenas constatações despretensiosas.

A frase que mais tenho ouvido nas últimas semanas é: “não está fácil para ninguém”. Concordo que em vários setores nossa qualidade de vida cai vertiginosamente a todo momento. Mas por que será que muita gente acha que está em situação pior que o resto da humanidade? E outra pergunta: por que algumas pessoas insistem em PERMANECER nessa situação?

Novamente, a bendita mente humana e seus complexos mecanismos de aprendizagem… Desde pequenos começamos a entender que, quando temos dor, nossas mamães vêm correndo nos atender. E, quando não temos dor, podemos fingir que temos. Desculpem a maneira simplória de abordar a questão, mas interiorizamos /sedimentamos esse ciclo vicioso no decorrer dos anos. Mudam   as situações e alguns personagens, mas  o protagonista/vítima permanece o mesmo. O duro é que às vezes nos especializamos tanto no fingimento que passamos a acreditar nele, inclusive apresentando os sintomas.

Muitos que vivenciam essa questão reclamam bastante desse tipo de comportamento, pois existe sempre uma aura de pessimismo e baixo astral envolvendo o ambiente. No fundo, não consigo deixar de me sensibilizar com a situação, já que a maioria das “vítimas” busca suprir suas carências afetivas com a atenção do outro.

Algoz ou vítima? Amigo do peito ou amigo da onça? Coração de pedra ou manteiga derretida? Quem somos nós nas nossas relações? Reflitamos…