Meu dia a dia da infância

Minha mãe PPhilomena Pascoal Trotta (com dois P) era filha de Pascoal Trotta e Domingas Torre Trotta, ambos napolitanos. Aos 21 anos, ela casou-se com meu pai Afonso Vilano, em 1914.

Lembro-me muito bem de como era meu dia-a-dia na infância. Papai acordava às 4 da manhã e ia buscar mercadoria no matadouro. Trabalhava para a família Nastari. Minha mãe levantava às 7 da manhã, acordava os três filhos, e os preparava para ir à escola italiana, que ficava na esquina das ruas Humberto I com Major Maragliano e onde todos os professores eram italianos.

Quando voltávamos da escola, minha mãe já estava nos esperando com uma deliciosa refeição feita no forno à lenha – naquela época ainda não existia fogão…

Ela era uma mulher muito séria e nos ensinou a ter educação e respeito.

A vida de minha mãe não era moleza: ela lavava no tanque todas as roupas dos três filhos e do marido, cozinhava muito bem, arrumava a casa, cuidava dos filhos e esperava meu pai às 4 da tarde com tudo pronto. Ela e meu pai se davam muito bem. Nunca presenciei uma briga entre os dois. Aliás, ela fazia tudo o que meu pai queria, nunca o contrariava! Bem diferente das esposas de hoje em dia…