Lembranças da Ditadura

Na década de 30 muita coisa aconteceu no Brasil. Getúlio Vargas assumiu o governo, impedindo assim a posse do governador Júlio Prestes à presidência da República. Em 1932, os paulistas fizeram a revolução constitucionalista para derrubá-lo. O governador de São Paulo, que na época, era Pedro de Toledo, com a ajuda de Assis Chateaubriand, iniciou uma campanha para a que a população doasse ouro destinado à compra de armamentos. Em contrapartida, sob o mando de Getúlio Vargas, aviões sobrevoavam a cidade, jogando panfletos que diziam para São Paulo se entregar.

A rua Joaquim Távora, inclusive, chamava-se Fontes Júnior, político opositor de Vargas, que, por sua vez, mandou trocar o nome da rua para homenagear um general aliado.

As forças armadas paulistas, composta de voluntários, pretendiam atrair o Rio de Janeiro, então capital federal, para a luta contra a Ditadura. Entretanto, na metade da viagem, a munição acabou e o batalhão paulista teve que retornar. Eles voltaram um trapo: rasgados, de cabelo e barbas compridos, sujos e com fome.

Getúlio saiu vitorioso e governou até 1937, quando resolveu realizar eleições para presidente. Mas, Getúlio achou que tinham muitos partidos contrários concorrendo à vaga que ocupava, e resolveu continuar no poder e instalou a sua Ditadura. Em 1946, Getúlio realizou uma eleição e Gaspar Dutra foi o vencedor. Ao término de seu mandato, Gaspar Dutra apoiou Getúlio Vargas como presidente; e sabe quem deu mais votos para ele? São Paulo! Não é uma contradição?