Minha Primeira Viagem pela Europa

Minha ida ao velho continente aconteceu em julho deste ano. A viagem já estava planejada fazia um tempo, mas nunca poderia imaginar quantas descobertas ela me traria. Conheci culturas distintas entre si, ainda que a proximidade entre os países seja mínima. São diferentes realidades entre fronteiras. Minha viagem começou por Madri, e seguiu… Paris, Roma, Atenas, Barcelona, Lisboa e por fim, novamente a capital da Espanha, situada no centro do país. Com 3 milhões de habitantes, Madri tem um ritmo incansável e é fascinante. Recomendo conhecer a cidade a pé, embora a rede de transporte público seja excelente.

Dominada por grandiosos museus, belos parques e seus palacetes e arenas de tourada, Madri é de uma beleza de tirar o fôlego. O coração da cidade e sua arquitetura moderna e arrojada contrastam com os traços medievais marcantes. Um agradável passeio é a visita ao Museu del Prado, o mais famoso museu da Espanha, com uma das maiores coleções de pintura espanhola.

De partida para Paris! Impossível descrever a cidade luz sem ser tendencioso…Maravilhosa? Arrogante? Charmosa? Ufanista? Talvez, a mais bela de todas das capitais do planeta. São 2,2 milhões de habitantes. O Metrô é dividido por Zonas, 1 e 2 no caso, que compreendem a grande maioria dos locais mais visitados (fora desses locais, paga-se um suplemento). Uma boa opção é adquirir o bilhte do L´Ópen Tour Paris. Válido por 24 horas. O passeio visita os principais pontos turísticos da cidade. A gente só toma consciência que está em Paris, quando atravessa a Champs Elysée e, do Arco do Triunfo, avista a ponta da Torre Eifel. Vale a pena esperar até o fim do dia e acompanhar o ascender das luzes do monumento, é belíssimo! Tire o dia para visitar o mais famoso museu do mundo, o Louvre, e ver a arte de gênios da humanidade, como a Monalisa e Vênus de Milo.

Um antigo ditado diz que todos os caminhos levam a Roma, e de fato lá fui eu! A capital italiana, com 2,8 milhões de habitantes esbanja grandiosidade. Stazione Termini é a principal estação de trem e o metrô conta com apenas duas linhas, A e B. Por isso, prefira o ônibus ou vá a pé que é muito recomendável, mas pede fôlego.

Andar por Roma é como esbarrar na história. O Coliseu é o maior ícone da arquitetura antiga romana.O preço da entrada é de 8 euros. No Vaticano, fiquei deslumbrado com a Basílica de São Pedro, a maior Igreja do mundo.De Roma para Atenas, capital com 4 milhões de habitantes e considerada o embrião da civilização ocidental. Sua Acrópole é um cartão-postal e onde os pontos turísticos são bem próximos uns dos outros, por isto o transporte público não é tão necessário aos turistas. O encantamento fica por conta do passeio pela Acrópole, centro religioso da Antiguidade grega, que tem como ícone o Parthenon, erguido no século V a.C. em homenagem à deusa protetora Atena. Suas esculturas decorativas são consideradas um dos pontos altos da arte grega e é visto como um dos maiores monumentos culturais do mundo. Outro forte motivo para se conhecer a Grécia são suas cinematográficas ilhas, o azul do mar de lá é ímpar, não encontrado em outro lugar do mundo.

Depois de contemplar tamanha beleza, foi a vez de voltar a Espanha e apreciar o que Barcelona tem a oferecer. À beira do Mediterrâneo, a moderna e bem-estruturada cidade acolhe a todos, incluindo os artistas de rua. A regra por lá é explorar a arquitetura e conhecer as obras do audacioso Antoní Gaudí. Las Ramblas é a rua mais famosa de Barcelona: um calçadão de cerca de dois quilômetros entre o porto e a Plaça Catalunya. Nesta rua você verá o Mercat de La Boquería, um edifício com toques modernistas e um espetáculo de sabores, cores e cheiros.

Outra atração à parte é o famoso bairro gótico, a oeste da Rambla, coração do centro antigo de cidade. As ruas tortuosas e os becos sombrios do bairro abrigam os prédios administrativos mais importantes da cidade. O maior símbolo de Barcelona e maior trabalho de Gaudí é o Templo da Sagrada Família. A construção dessa igreja teve início em 1882- e ainda não foi finalizada. A fachada retrata a Via Crucis de Jesus Cristo, de uma forma completamente diferente.

Eram tantas coisas novas e impressionantes que já estava sentindo saudades de nossa cultura e foi o que encontrei na próxima parada: Lisboa. Portugal é o país do fado, das grandes navegações e da história do Brasil. A capital, com 700 mil habitantes, mantém seu charme e tranqüilidade como se fosse uma pequena cidade do interior. Perder-se pelas distintas regiões de Lisboa é um dos melhores – e o mais barato – dos programas. Um tradicionalíssimo passeio é conhecer o bairro de Belém, é lá que fica o Mosteiro dos Jerônimos, referência dos descobrimentos, que abriga os restos mortais de Camões e de Vasco da Gama. Mais adiante fica o Padrão dos Descobrimentos, monumento em homenagem aos que desbravaram os caminhos do mar. Observe no chão a famosa Rosa dos Ventos, um mapa-múndi com a trajetória dos portugueses durante o período das navegações.

Conhecer a Europa foi fascinante, uma civilização muito mais antiga do que a nossa. Voltei refletindo sobre os bons exemplos que observei por lá e que podiam ser seguidos aqui no Brasil. Como eles funcionam e de que forma poderiam ser ajustados ao contexto brasileiro. Temos um potencial enorme e um povo trabalhador. Falta seriedade aos nossos governantes em romper com o modelo arcaico colonizador e pensar o Brasil de forma grandiosa, como são os diferentes países que conheci e como deveria ser o meu País!

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