No embalo dos últimos meses, eis que mais um fato causador de extrema comoção aconteceu: o terremoto e tsunami no Japão. Esse último em especial tem uma grande importância para mim, pois faz parte de minhas origens (toda minha família por parte de pai mora em Kanagawa, província não muito longe dos piores cenários).

Não gosto de teorias apocalípticas nem sou defensor da tese do fim do mundo, mas diante de fatos tão significativos, peço permissão para fazer algumas perguntas: “O mundo está mudando mesmo? Isso é normal? Devemos esperar coisas piores?”

Nossa tendência é manifestar certo alívio, pois moramos em um país quase imune a esse tipo de acontecimento. Mas, aqui, os tsunamis que invadem nossas casas vêm na forma de violência. São jovens assassinados sem motivo (como o acontecido na Rua França Pinto), sequestros, corrupção… Será que alguém duvida do poder devastador de uma morte precoce no coração dessas famílias?

Meu Deus do céu! O que devemos aprender com tudo isso? Que a natureza está nos mostrando os valores que esquecemos? Que falta espiritualização? Falta fé em Deus, e fé no homem?

As pessoas de gerações mais antigas têm um parâmetro melhor de comparação. Conheceram um mundo diferente (pelos ‘causos’ do Seu Chiquinho percebemos bem isso).

O duro é aceitar que esses eventos são, simplesmente, o decorrer natural da história…

E para administrar a ansiedade, o medo e o sentimento de impotência, gerados pela velocidade das mudanças, cada um tem uma solução (ou pelo menos deveria ter).

A minha é tentar estabelecer uma conexão cada vez mais forte com Deus, através do autoconhecimento e da fé. Esperando por dias melhores…