Economia com Amor

É impressionante como em um setor da sociedade como a Economia, cujo aspecto estrutural é atribuir, regular e organizar valores, não se discute a introdução de princípios que estabeleçam corretas relações humanas, que garantam a cultura de paz e uma vida sustentável.

A CNBB, órgão da Igreja Católica que reúne os Bispos do Brasil, tem como tema da Campanha da Fraternidade de 2010: Economia e Vida! Depois da COP15, no ano passado, quando a ONU reuniu as nações para a adoção de políticas sustentáveis, foi evidenciada a importância de mudarmos o modelo econômico. Portanto, mais do que inspirador, o tema da Campanha tem um apelo político planetário.

Qual modelo econômico deve ser implementado para a continuidade da vida, garantindo às futuras gerações condições de subsistirem às oscilações que o planeta já vive com o desequilíbrio ambiental?

Essa questão não é tão simples como se pensa, por exemplo: imagine cada cidadão planetário comprando um carro; como seria o trânsito? Como seria haver filas intermináveis para a compra de produtos, para as pessoas saciarem sua fome de consumo? Não estou aqui querendo justificar a pobreza e a falta de recursos para muitos, mas apenas identificando alguns exemplos, mostrando que o modelo existente de consumo é insustentável. Como dizia Gandhi: “há recursos para todos no planeta, só não é possível se houver ganância”.

A raiz da ganância está no egoísmo, a antítese do amor. O pensador austríaco Rudolf Steiner dizia: “devemos ser Livres no pensar, Iguais no respeito às leis e Fraternos na economia”. Concordo plenamente que, se adotássemos esse pensamento, geraríamos uma revolução na reestruturação da sociedade.

O AMOR é essa fonte inesgotável que nos permite renovar as coisas e estabelecer a garantia da vida. E mais, imaginemos a Era do Amor na Economia e em todos os setores da sociedade: com certeza esse é o VERDADEIRO LASTRO DE UMA ECONOMIA SUSTENTÁVEL!