Aqui vamos nós de novo!

Queridos amigos do Pedaço, eis que nos encontramos na primeira coluna do ano. Não sei vocês, mas da minha parte acho que, assim como o Natal é uma época que inspira a fraternidade, o Ano Novo inspira a transformação. É o momento em que a maioria de nós consegue olhar um pouquinho à frente e fazer planos, visualizar metas (ainda tenho certa dificuldade com essa palavra), projetar sonhos e sobretudo: RENOVAR!!

E enquanto refletimos sobre o ano que se foi, e o que pode ser diferente no ano que começa, exercitamos algo fundamental nos processos de autoconhecimento: os benditos exames de consciência — ponto de partida e primeiro passo de qualquer caminhada. Afinal, temos um destino (um sonho, um objetivo) e, para chegar lá, precisamos saber onde estamos nesse exato momento e, quem sabe, redefinir rotas. É uma espécie de Waze da existência, onde aquela voz “agradável” do aplicativo é a nossa consciência, dizendo: “você errou ao responder rudemente aquela pessoa, vire a direita e peça desculpas”. Ou então: “está gastando demais no cartão de crédito, vire 180 graus e economize!”. Feitos com honestidade, esses exames de consciência costumam ser mais eficazes que qualquer sistema de localização.

E como em qualquer caminhada, a correção de um trajeto (ou de uma proposta de renovação) é muito mais fácil se feita logo após percebermos um desvio. Precisamos de vontade diária, disciplina diária e força diária para os exames de consciência — ou corremos o risco de estarmos à deriva no próximo Natal. 

Uma coisa que tem me ajudado muito, e que compartilho com vocês, é avaliar minhas dificuldades (principalmente de ordem moral e nos relacionamentos) tendo como objetivo a seguinte máxima: “como eu posso ser hoje um cisquinho melhor do que ontem”, depois é treinar a memória para me lembrar disso ao longo do dia.

MEMÓRIA: não podemos deixar que os influxos de fora nos façam esquecer daquilo que nos importa.

Um ano cheio de coisas boas para todos nós!!

Jean Massumi é massoterapeuta

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