Em 1924, aos 7 anos, fui estudar no Grupo Escolar Marechal Floriano, até hoje na rua Júlia. O prédio, pelo alto valor histórico, foi tombado pelo Conselho do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT). A primeira coisa que fazíamos quando entrávamos na aula era cantar o Hino Nacional, acompanhados pelo piano do maestro Francisco Espera. Quando estudei lá, o diretor era Napoleão de Carvalho Freire. Quando não nos comportávamos na sala de aula, ele nos batia com palmatória. Era comum esse castigo nas escolas no começo do século 20; e nenhuma família reclamava. Em época de férias, como toda mãe, a minha também ficava louca. Éramos em cinco irmãos, e nossa brincadeira era na rua! Lembro-me da gente correndo atrás dos carros que raramente passavam. Nossa brincadeira era empinar papagaio, jogar bolinha de gude, peão e futebol com bola de meia – não tínhamos dinheiro para comprar uma bola de verdade! Brincadeiras que as crianças hoje em dia, não podem fazer e, por isso, as substituíram pela televisão, shopping, vídeo-game e computadores. Na minha época a vida era mais saudável; não havia crianças obesas como hoje em dia nem tantas guloseimas para comprar. Além disso, eram nas brincadeiras de rua que gastávamos nossas energias. Éramos muito felizes!