Natalício

Havia um conto de uma criança que encontrava-se muito infeliz; tornara-se órfã, sob cuidados de parentes pouco cuidadosos. A tristeza tomava conta de sua mente e a atormentava, fosse na Escola ou em casa. A dor era imensa, difícil de ser descrita. Sentia a falta de seus entes mais queridos.

O Natal aproximava-se e não tinha como não lembrar das festas simples em família, com singelos presentes, mas muito amor no coração. A comida era saudável e muito gostosa, não tinha luxo, mas feita com esmero e capricho. Que delícia!

Esse garoto cresceu e sob duras penas, tornou-se um homem de bem. Todos os Natais saia distribuindo presentes às crianças carentes e fez de sua experiência de vida pessoal um grande exemplo.

Não tinha muitos recursos financeiros, mas angariava brinquedos e sempre que fosse necessário, os consertava. Juntava suas economias e montava cestas básicas, sem esquecer de um pacote de ração, para os animaizinhos das famílias as quais prestava assistência.

As pessoas da sua comunidade logo passaram a ajudá-lo e isso fez com que se criasse uma corrente do bem. O ingrediente maior desse labor se chamava AMOR. O mesmo amor que recebera por alguns anos de seus finados pais. Dessa experiência de vida tornou-se uma pessoa resiliente, que não se deixou abater pela tristeza e pela dor, mas que conseguiu transformá-la em algo melhor e maior.

Esse conto retrata a vida de muitos brasileiros, que mesmo mediante adversidades, encontram saídas. Os caminhos às vezes são tortuosos, nem sempre fáceis. Nada “cai do céu”. Aquele que se esforça e vence seu próprio “ego” consegue se sobrepor às dificuldades e tem maiores recursos em, fraternalmente, levar algo de bom ao próximo. Talvez essa seja a “grande jogada” para esse Natal.

Pensem, a Pandemia não acabou, a vacina ainda está sob testes e vai demorar a chegar; a economia mudou e mudará muito mais, porém o ser humano não está aqui “passando férias” e os infortúnios existem para serem superados.

Se eu não puder fazer uma sacolinha de natal, posso, quem sabe, dividir a minha comida com o meu vizinho mais pobre. Ou posso, neste momento, entender que hoje sou o beneficiário daquele alimento, mas amanhã posso estar do outro lado. A vida dá voltas….

Não importa tanto se você crê no nascimento de um Messias, mas qual é a sua representatividade na vida. O que te “faz nascer”, seja materialmente ou não. Quantos se deprimem nesta fase, pois entendem seus projetos e sonhos como algo infalível e, quando percebem, já é Natal e pouco ou nada conseguiram. Não adianta, a falibilidade da vida existe, permeada de erros e acertos, vitórias e infortúnios.

Somos perfectíveis, mas longe de sermos perfeitos.

A representatividade da vida depende de cada caminhar.

E para você? O que te representa?

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