Minhas raízes judaicas

Minha irmã descobriu um programa chamado Taglit, destinado a quem tem descendência judaica. Foi criado por judeus milionários de todos as partes do planeta que patrocinam esse programa para incentivar jovens entre 18 a 26 anos a conhecerem a se interessar pela religião judaica. Como minha irmã participou e gostou muito, decidi viajar este ano.

Fui num grupo com 36 pessoas de todo o Brasil, acompanhado por um guia, 2 soldados, 1 segurança e dois monitores, todos israelenses. Saímos do aeroporto de Guarulhos até Istambul, onde ficamos por 4 horas, e, de lá, fomos para Tel Aviv. Uma viagem muito bem organizada, com um roteiro fechado para 10 dias de aventura.

Do aeroporto, fomos direto para o Hotel Leonardo da Vinci — uma rede conhecida em Israel — bem próximo da praia. Passamos uma noite em Telavive e partimos para Tiberiades, ao nordeste do país — fronteira com a Síria. Nosso hotel era de frente ao Mar da Galileia. Visitamos as regiões próximas à cidade: conheci as colinas de Golan, onde temos uma visão panorâmica de toda a região, andamos de bicicleta pelo deserto e fomos à sorveteria House of Buza, onde um sócio é muçulmano e o outro é judeu. Essa sorveteria faz o maior sucesso, já ganhou diversos prêmios e comprova que — sim! —  é possível viver em paz!

Depois de 4 dias, fomos para Tzfat, uma cidade ultramegareligiosa onde a maioria da população é ortodoxa. Um lugar com uma energia diferente, onde parece que o tempo não passou. Todo mundo nos observava, pois vestíamos roupas normais. 

Tzaft é uma cidade riquíssima historicamente. Visitamos vários museus, destaque para o Museu da Cabala: muitas artes com significados religiosos.

Depois de passar o dia em Tzfat, voltamos à Tiberiades para pernoitar e seguir para Haifa, uma cidade litorânea linda, muito moderna e onde está um monumento superimportante: os Jardins de Bahai. 

De lá, fomos para Jerusalém. Foi muito importante passar por essa cidade, pois era o sonho de meu pai conhecê-la  — por falta de dinheiro, ele nunca pode ir. Por isso, para mim, ir a Jerusalém foi emocionante: senti a presença de meu pai comigo o tempo todo. 

Ficamos no hotel da rede Leonardo da Vinci. Logo no primeiro dia, seguimos para a Cidade Antiga de Jerusalém. Visitei o túmulo do Rei Davi, o Santo Sepulcro — uma energia incrível — e o Muro das Lamentações — o lugar de Israel que mais gostei. Rezei e deixei meu pedido dentro daqueles buraquinhos do Muro das Lamentações.

Passei o Shabat, um dia sagrado para os judeus, no Muro das Lamentações. Todos comemoravam esse dia de descanso com muita dança, festa e alegria! À noite, nosso grupo saiu para uma balada. Fechamos um espaço e colocamos música brasileira — a princípio deixamos os israelenses indignados, mas, ao final, quem resiste ao ritmo brasileiro?

No dia seguinte, visitamos o Museu do Holocaustro, onde nos emocionamos muito, pois nossos familiares morreram na Segunda Grande Guerra. É um lugar muito chocante, pois além de mostrar o inferno que era a vida dessas pessoas nessa época, ainda passamos por uma parte chamada Memorial das Crianças, uma homenagem a todas elas que morreram nos campos de concentração. Um lugar muito escuro, só com o chão iluminado, repleto de fotos gigantescas dessas crianças e com uma voz feminina ao fundo, informando o nome delas e onde elas nasceram e morreram.

Nesse final de dia, fomos dormir numa tenda beduína no meio do deserto do Neguev. Os  beduínos são os donos do lugar e as barracas, no seu interior, mais parecem um hotel de luxo. Nosso grupo fez uma fogueira e ficamos olhando aquele céu sensacional! Vi quatro estrelas cadentes!

Acordamos no outro dia às 3h30 da manhã para subir a gigantesca montanha Massada e ver o nascer do sol. A montanha é considerada um lugar histórico, pois é um símbolo do heroísmo nacional judaico. A fortaleza de Massada foi o último foco de resistência contra os romanos. Depois, fomos para o Mar Morto: uma praia normal onde em vez de areia é sal. 

Como havia tomado umas picadas de mosquitos na noite anterior no deserto, quase morri quando entrei no Mar Morto! Meu corpo todo ardia….  Mas o Mar Morto é divertido, você não afunda de jeito nenhum!

Na reta final da viagem, voltamos à Tel Aviv e o grupo pode passear pela cidade livremente. Lá é como fosse, no Brail, a cidade de São Paulo, só que de Israel. É o centro econômico, onde há grandes teatros, baladas e centros comerciais. Fui ao mercado Carmel Market.

Gostei muito de tudo, embora tenha algumas ressalvas: tudo é muito caro e os comerciantes são meio mau-humorados. Se você quer um hambúrguer sem maionese, por exemplo, vai ver uma cara feia e receber o sanduiche com a maionese…. melhor não reclamar!

Essa viagem foi muito importante para mim, não só por realizar o sonho de meu saudoso pai, mas também porque eu nunca tinha saído do Brasil. Esse programa me deu a oportunidade de conhecer as minhas raízes.  Nestes 10 dias, paguei somente pelas minhas refeições, toda a viagem foi bancada pelo Programa Taglit. Recomento aos descendentes de judeus procurarem na internet!

52 comentários sobre “Minhas raízes judaicas

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