As belezas de Foz do Iguaçu

Natureza: paraíso que encanta os nossos olhos com suas riquezas, as quais bem material nenhum no mundo pode superar. É o caso da cidade que visitei nas minhas últimas férias, Foz do Iguaçu: município localizado no estado do Paraná e que possui cerca de 263.647 habitantes, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A região faz fronteira com Ciudad del Este (Paraguai) e Puerto Iguazu (Argentina) e é considerada o terceiro destino de turistas estrangeiros no Brasil e o primeiro da região Sul, de acordo com artigo da revista Exame (2014).

Apesar de ter permanecido apenas três dias na cidade, procurei aproveitar ao máximo tudo o que de mais encantador a Foz do Iguaçu tem a nos oferecer. Iniciei os passeios com um city tour pela região, para conhecer alguns dos seus principais pontos turísticos. Visitei a mesquita Omar Ibn Al-Khatab — lá tive que colocar um turbante, usado pelas islamitas, para poder entrar no templo onde os muçulmanos se encontram para rezar.  

É difícil andar pela cidade e não encontrar muçulmanos, afinal Foz do Iguaçu é a segunda cidade do Brasil com o maior número deles, perdendo apenas para São Paulo. De acordo com a história oficial, a convergência de imigrantes árabes para a fronteira do estado do Paraná com o Paraguai fez com que Foz do Iguaçu se tornasse um dos locais de maior concentração de muçulmanos da América Latina.

Saindo da mesquita fui a um Templo Budista, localizado numa região alta da cidade, que nos permite ter uma visão privilegiada de parte do centro de Foz do Iguaçu e também da Ciudad del Este, no Paraguai. Um lugar que me encantou por suas belezas arquitetônicas, lindos jardins e também pela paz interior que me transmitiu. No templo é possível ver 120 estátuas; entre elas a que mais se destaca certamente é a do Buda, que possui 7 metros de altura.  Encerrei o city tour visitando o Marco das Três Fronteiras, no qual há um pequeno obelisco que demarca simbolicamente a tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, e de onde é possível apreciar o encontro dos rios Iguaçu e Paraná.

No dia seguinte fui conhecer a principal atração turística de Foz: o Parque Nacional do Iguaçu, criado efetivamente em 1939, por indicação do inventor Santos Dummont. Com uma área total de mais de 185 mil hectares, o parque atrai pesquisadores de todo o mundo para conhecer suas riquezas, como a biodiversidade da fauna brasileira.  É lá também que se encontra um dos maiores espetáculos visuais que a natureza pode nos proporcionar: as cataratas do Iguaçu — meu motivo principal para ter ido à cidade. 

Considerada uma das Novas 7 Maravilhas da Natureza Moderna, as Cataratas são formadas pelas quedas do rio Iguaçu. De acordo com informações oficiais, dezoito quilômetros antes de juntar-se ao rio Paraná, o Iguaçu vence um desnível do terreno e se precipita em quedas de até 80 metros de altura, alcançando uma largura de 2.780 metros. Sua formação geológica data de aproxima-damente 150 milhões de anos, porém a formação do acidente geográfico das cataratas se iniciou há aproximadamente 200 mil anos.

Após entrar no Parque Nacional fiz um passeio chamado Macuco Safari, que começou com uma trilha em carretas abertas pela selva do parque e terminou com um delicioso passeio de barco que me levou ao pé das quedas d’água, onde praticamente tomei um banho ao passar por elas. A sensação de estar tão próxima a essas maravilhas da natureza e senti-las sobre mim foi algo inenarrável e que só pode ser compreendido em sua totalidade por quem vivê-la. 

Depois de trocar de roupa, já que havia me molhado bastante, fiz uma trilha de 1.200 metros ao redor das cataratas, que me permitiu ver as quedas d’água em vários ângulos diferentes — cada parada na trilha, um novo clique da minha máquina fotográfica registrava uma diferente visão magnífica para os olhos. Minha vontade era passar horas em cada ponto de parada para que eu realmente pudesse apreciar a grandiosidade de tal beleza, principalmente quando passei na ponte da qual pude ver a queda d’água mais forte das cataratas, com uma altura superior a 70 metros: a Garganta do Diabo. Lá é aconselhável colocar uma capa de chuva para se proteger dos fortes pingos d’água que vêm de todos os lados. 

A trilha terminou num elevador panorâmico que sobe a 27 metros de altura e nos permite ter uma nova visão das cataratas. Durante toda a trilha tive a companhia dos pequenos quatis, que adoram bisbilhotar as sacolas dos turistas procurando por comida e, quando veem algum alimento, não pensam duas vezes para roubá-lo, mesmo que esteja na mão do turista. 

Não satisfeita em apreciar essas maravilhas por meio da trilha e do passeio de barco, quis me aventurar ainda mais fazendo um passeio de helicóptero sobre as cataratas. Apesar da curta duração do voo (10 min), o tempo foi suficiente para que a emoção tomasse conta de mim ao ter uma real noção do tamanho das quedas d’água, já que pude contemplá-las em sua totalidade pela primeira vez — algo que não é possível quando se está próximo delas, em razão do seu tamanho. Para mim este foi o melhor momento da viagem, sem dúvida.

No meu terceiro e último dia em Foz, fui conhecer a Ciudad del Este, no Paraguai, e apro-veitei para fazer umas comprinhas em alguns shoppings. Pude perceber quão movimentadas são as ruas, repletas de barracas que dificultam a passagem para os automóveis e pedestres. Lembrou-me uma rua 25 de Março piorada (risos). 

Voltando à tarde para Foz, fiz um passeio panorâmico ao redor da Hidrelétrica de Itaipu — usina binacional localizada no rio Paraná, na fronteira entre Brasil e Paraguai, que foi construída pelos dois países no período de 1975 a 1982. Ela é considerada a maior geradora de energia limpa e renovável do planeta. Se mal conseguia enxergar toda a imensidão das cataratas, algo semelhante aconteceu quando passeei ao redor da usina. Para ter uma ideia de sua dimensão, seu vertedouro, que tem como função descarregar a água não utilizada para geração de energia, tem capacidade para verter 62,2 mil m³/s, 40 vezes mais do que a vazão média das cataratas do Iguaçu.

Para quem ama apreciar as maravilhas naturais, Foz do Iguaçu é ponto de parada obrigatório. Essa, certamente, é mais uma viagem que ficará marcada em minha memória, e que me trouxe ainda mais orgulho de viver num país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza.

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