Descobrindo a vida… na morte

Vocês já fizeram essa reflexão: c Por mais tenebrosa que pareça essa pergunta, para muita gente traz. 

A grande maioria das pessoas conhece alguém que quase teve um piripaque, vislumbrou a possibilidade de embarque, comprou o bilhete, e, na hora ‘H’, não embarcou (para o lado de lá).

O que geralmente acontece depois? Quase todos repensam uma série de comportamentos e decidem mudar. Valorizar coisas que antes não eram valorizadas e, quase na totalidade, buscam e encontram prazeres nas coisas mais simples.

Conheço várias pessoas assim. O bancário que trabalhava 15 horas por dia e teve um infarto aos 34 anos; o professor que teve câncer aos 40. O pintor de paredes que caiu do andaime e ficou semanas em coma… e muitos outros. O que eles têm em comum? SOBREVIVERAM! E testemunharam a fugacidade da vida.

O interessante é que os pequenos prazeres, a família e as experiências, sempre estiveram disponíveis. No entanto, passavam desapercebidas, engolidas por outras prioridades. 

E, só quando essas pessoas viram o fim de perto, resolveram recomeçar. Um detalhe importante: dessas que eu conheço, NENHUMA se arrependeu de ter mudado de vida — mesmo que isso implique em diminuição do padrão social.

Oras, o que está acontecendo então? Será que como Sísifo (o mortal considerado o mais astuto na mitologia grega, que mencionei em outra coluna) estamos empurrando uma pedra morro acima com tanta força que não percebemos o que se passa à nossa volta? Será que o dia é muito curto? Ou será que não refletimos sobre nossas necessidades existenciais?

Quem me dera ter uma resposta universal. Pelo contrário, tenho, sim, muitas perguntas… 

E já que essa coluna foi recheada delas, deixo mais uma pergunta para você, querido leitor do Pedaço da Vila: O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO COM A SUA VIDA?

Abração gente. E até a próxima