A Técnica de dois pontos (continuação)
Continuando o tema do mês passado, gostaria de colocar que a técnica dos dois pontos não exige força de quem a pratica. Essa era a grande preocupação de sua codificadora, a sra Yokoyama. De físico franzino e com grande vocação para a massagem, ela se perguntava o tempo todo se teria condições de realizar o trabalho. Dizia ela que a técnica “apareceu” em sua mente como uma visão e foi então que tudo começou. O grande diferencial dessa modalidade de massagem é sem dúvida a sensibilidade, usada tanto na hora de sentir o ponto, quanto na hora de visualizar o caminho dos pontos a serem seguidos.
Nosso corpo é infalível na emissão de sinais, principalmente quando as coisas não andam boas… Às vezes é um desconforto aqui, um endurecimento ali, uma dorzinha acolá… Até que travamos finalmente! Desenvolver essa sensibilidade começa conosco. Como vamos perceber um desconforto em outra pessoa se não sabemos ler o que nosso próprio corpo tenta nos falar? Se subestimamos nossas próprias dores, como daremos importância à dor do outro?
É por essas que adoro esse trabalho! É um trabalho sobretudo de auto-conhecimento. E falo sem a intenção de parecer “zen” ou coisa do tipo. Falo pois muitas vezes que é na vivência de determinada experiência, que possuímos um rumo na hora do atendimento. Ficar atento ao que fiz, no que carreguei, a como dormi, ao que comi etc… me fazem entender melhor minhas dores. Foi na prática dessa técnica que passei a ver de forma simples a lei de “Causa e Efeito”.
Muito obrigado pela atenção de vocês e até a próxima.
Jean Massumi é massoterapeuta
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