Minha mãe, com muitas saudades

Comecei a ir à escola aos cinco anos de idade, em 1922: entrava às 8h e saía às 11h. Almoçava em casa e voltava para a escola às 13h , para sair às 17h. Então, para brincar à vontade, era só nos finais de semana, sempre em frente de minha casa ou da casa de meus amigos.

Minha mãe era muito severa, e eu e meus seis irmãos obedecíamos tudo o que ela mandava, sem reclamar! Quando fazia alguma coisa errada, era tapa na bunda! Mas logo ela ficava de bem. Era uma mulher muito carinhosa! Quando eu ficava doente, me sentia filho único! Mamãe ficava ao meu lado e toda a atenção era voltada para mim.

O que deixava minha mãe louca da vida era quando eu brigava na rua… Eu era muito briguento e, por isso, não me faltava castigo.

Nessa época não existia Dia das Mães, dos Pais, nem dos Namorados… Eram eles que nos davam presentes. Íamos, eu e meus irmãos, comprar roupas com minha mãe na ladeira General Carneiro, no Centro. Era uma felicidade para a gente!

Sempre dormíamos às 21h, depois de um banho de bacia, já que na época não havia chuveiro elétrico. Sempre quando íamos almoçar ou dormir, pedíamos bênção para os dois.

Nesta época do ano, sempre recordo de minha mãe com muitas saudades e agradecimento. Só depois que a gente cresce, percebemos o valor de tanta dedicação!