Ideia Sustentável

Não há alternativa para a humanidade: ou as empresas e indivíduos mudam seus modelos de produção ou a qualidade de vida das futuras gerações estará seriamente ameaçada. Esse é o alerta do jornalista e consultor ambiental Ricardo Voltolini, editor da inovadora revista Idéia Socioambiental com sede na Vila Mariana

Nos últimos anos é tendência no mundo corporativo, sobretudo em empresas multinacionais, a atenção e atuação especiais em áreas consideradas fundamentais como meio ambiente e terceiro setor. Questões como crescimento sustentável, com práticas de preservação à natureza, e responsabilidade social, com ações em benefício a comunidades carentes, têm permeado os negócios lucrativos de diversos grandes empresários do planeta.

Para estabelecer um canal de comunicação segmentado sobre o tema no país, nasceu em 2005, na Vila Mariana, a pioneira revista Idéia Socioambiental, da editora Idéia Sustentável. A publicação é o principal produto da linha de conteúdo da empresa, que tem sede na rua Bagé desde 1996 e também trabalha nos ramos de consultoria, educação, projetos especiais e comunicação.

Com periodicidade trimestral e tiragem de dez mil exemplares (distribuídos gratuitamente para um seleto mailing de leitores e empresas que pagam assinatura), a revista foi idealizada pelo jornalista Ricardo Voltolini, 44 anos, especialista no assunto. Já atuou como comentarista de meio ambiente nas TVs Bandeirantes e Cultura entre 2002 e 2004, e hoje é articulista semanal do jornal Gazeta Mercantil e coordenador do Comitê Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial de Sustentabilidade).

“Criei a revista com o objetivo de elaborar uma publicação de ideias e tendências em responsabilidade social e sustentabilidade. Eu já era consultor dessa área e, como jornalista, tinha vivido experiências interessantes relacionadas ao tema. Não havia nenhuma publicação especializada sobre sustentabilidade no Brasil. De tal modo que, sem nos atermos a nenhum parâmetro, e olhando para algumas publicações americanas e europeias, criamos uma proposta editorial inovadora”, conta o publisher.

Segundo ele, a Idéia Socioambiental não é uma revista de notícias. Sua proposta editorial vai além. Feita por uma equipe de dez pessoas, traz um conjunto de idéias, por meio de reportagens mais longas e contextualizadas, discussão de cenários e tendências, perfis de personalidades da área, entrevistas e artigos que tratam dos grandes temas da sustentabilidade nos negócios: como diversidade, ética, meio ambiente, responsabilidade social e investimento social privado.

“Procuramos oferecer ao nosso leitor, 75% deles são líderes e executivos de empresas diretamente relacionadas ao tema da sustentabilidade, um panorama do que está sendo discutido no mundo e dos desafios que se colocam hoje para empresas que precisam fazer a transição de um modelo insustentável de negócios – ambiental e socialmente inconsequente –, para um modelo sustentável. Este último caracterizado pela combinação de resultados econômico-financeiros, com justiça social e respeito ao meio ambiente”, enfatiza Ricardo, que alerta: “O aquecimento global é uma preocupação mundial. O crescente esgotamento de recursos do planeta está exigindo mudanças importantes no modo de pensar e fazer negócios”.

A fim de conscientizar seu público, estimado em cerca de 50 mil leitores, a revista tem abordado com freqüência temas ligados à liderança sustentável, Amazônia, educação para a sustentabilidade, impactos do aquecimento global para os negócios, indicadores de sustentabilidade, produtos e mercados verdes. “Em 2009, o projeto é publicar três edições temáticas especiais sobre água, gestão de resíduos e ética”, planeja o editor.

A publicação desde o início conta com o apoio e anúncio de grandes empresas: Odebrecht, Bradesco, Gerdau e Sesi, Vale do Rio Doce, Natura, Boticário, Embraer, Itaú e Holcim. O engajamento empresarial no setor não é só para obter uma boa imagem junto à opinião pública. “Os executivos da Shell americana utilizam o acrônimo TINA, para designar atitudes que não podem ser negligenciadas.

TINA é palavra formada pelas iniciais de ‘There Is no Alternative’, isto é ‘Não há alternativa’. Essa sigla se aplica bem à questão da sustentabilidade. Não há alternativa para a humanidade: ou as empresas e indivíduos mudam seus modelos de produção e consumo, altamente impactantes do ponto de vista socioambiental, ou a qualidade de vida das futuras gerações estará seriamente ameaçada. Isso explica a urgência e relevância do conceito de sustentabilidade e por que ele vem sendo cada dia mais valorizado. Até porque não há outra alternativa. A mudança está em curso, ainda que numa velocidade aquém do que seria necessária”, alerta Voltolini.

O jornalista também dá dicas para a Vila Mariana se tornar um bairro sustentável. “A transformação é necessária. Temos um papel pequeno, mas importante na disseminação de conteúdos que levem a reflexões e revisões de valores e práticas. Para que a Vila Mariana seja sustentável, propomos mais respeito à diversidade, estímulo a uma mobilidade saudável e segura, cuidados com o lixo, mais solidariedade e, principalmente, que os seus habitantes reduzam a sua pegada ecológica”. A expressão, atualmente usada ao redor do globo como um indicador de sustentabilidade ambiental, pode ser usada para medir e gerenciar o uso de recursos através da economia. É comumente usado para explorar a sustentabilidade do estilo de vida de indivíduos, produtos e serviços, organizações, setores industriais, vizinhanças, cidades, regiões e nações. Como ressaltou Ricardo Voltolini – “O aquecimento global é uma preocupação mundial”. Cabe a cada um de nós fazer sua parte!

Para conhecer mais sobre a publicação, acesse o site www.ideiasocioambiental.com.br