Tô fraco! Tô Fraco!
Passadas as festas e as ilusões, congelados os restos dos excessos cometidos em busca de uma pretensa felicidade, o que nos resta é ecoar as sábias palavras de Carlos Heitor Cony: “Ano Novo, Vida Velha!”. Então, resolvi inovar!
Alguns leitores me escreveram e argumentaram que eu vivo reclamando da falta de sabor do nosso frango, até mesmo o do peru – que guarnece a festa de muitos. Por isso, neste mês, vou homenagear outra ave que está intimamente ligada à cultura popular brasileira, cheia de sabor, mas que – por incrível que pareça – não faz parte de nosso cardápio diário.
Vocês vão lembrar dela por estar presente nos bordados, no artesanato que enfeita muitas casas; pela onomatopeia engraçada que dá título a esta página mas raramente por estar presente em nossa mesa.
Já sabem de quem estou falando? Exatamente!!! Da galinha d’angola!
Só existe uma dificuldade em prepara-lá: sendo sua carne muito magra, pode ficar ressecada. A solução é cozinhá-la em panela lacrada com uma massa de farinha e água.
Vale a pena experimentar. Você notará que a galinha d’angola não é fraca, não!
Galinha D’Angola ao Vinho
INGREDIENTES:
1 galinha d’angola (1,5 kg),
200g de cebola,
100g de manteiga,
2 dentes de alho,
½ alho-poró,
1 ramo de tomilho,
750 ml de vinho branco seco
2 colheres de sopa de conhaque,
sal e pimenta-do-reino
PREPARO:
Tempere a galinha com sal e pimenta-do-reino. Em uma caçarola refratária com tampa, derreta a manteiga e doure a galinha. Acrescente a cebola, o alho e continue a dourar. Junte o alho-poró em rodelas, o tomilho, e refogue por 1 minuto. Por último, acrescente o vinho e o conhaque. Tampe a panela e sele-a com uma pasta grossa de farinha misturada com água. Asse a galinha no forno a 180ºC por 1 hora.
Sirva imediatamente, acompanhada de peras cozidas em vinho branco, açúcar e canela (a gosto). E bom apetite.