Outras ondas em Florianópolis
Parece que todo mundo descobriu Florianópolis. Mas quem a conhece, sabe que não é preciso se programar muito para curtir o lugar. Foram dez dias de férias. Pegamos a estrada Régis Bitencourt, péssima principalmente no trecho de São Paulo, no estilo “sem lenço e sem documento”.
A primeira parada foi na praia Brava, ao norte do balneário de Camburiu, no badalado Kiwi bar. São nos vários bangalôs com cara de Bali, espalhados por uma imensa área. É onde rola o agito – para se ter uma idéia os Djs de Ibiza, na Espanha, fazem intercâmbio por lá.
Pretendiámos achar um hotel em Camburiú, mas com a cidade lotada por causa das férias, acabamos passando a noite no Grande Hotel de Itajaí – a poucos quilômetros dali.
Acordamos cedinho e pegamos o trajeto Interpraias. Um passeio maravilhoso: uma pequena estrada que margeia o lado Sul do balneário. Neste caminho, há vários belvideres com paisagens inesquecíveis para foto. O mar tem uma tonalidade esmeralda, com areia branquinha e agradável brisa.
A curiosidade fica por conta dos caiçaras sentados pela estrada com um molho de chaves nas mãos, oferecendo hospedagem para os turistas. Paramos só por curiosidade para saber o preço: uma casa para 8 pessoas estava sendo alugada por 120 reais/dia.
Direto para Floripa!!! A chegada é muito bonita, a ponte Hercílio Luz mais a orla da cidade é uma visão que impressiona. Passamos pela Lagoa da Conceição, Praia Mole e procuramos uma pousada na Barra da Lagoa. Até que encontramos várias opções e muitas casas para alugar – no mesmo esquema da Interpraias -, no entanto, procurávamos algo um pouco mais sofisticado e seguimos rumo ao Norte da ilha, pesquisando as pousadas que encontrávamos, até chegarmos à Pousada dos Arvoredos (260 reais para 5 pessoas, com café da manhã), na Praia dos Ingleses. Uma construção novinha, com piscina e ao lado da praia.
Foi a partir daí, que começamos a traçar o tour. No primeiro dia fomos curtir a praia Brava. É a praia dos condomínios de alto padrão, com bares sofisticados e mais familiar. Como toda praia da região, tem uma excelente infra-estrutura: alugam-se cadeiras e guarda-sol, e a cada 50 metros estão instaladas barracas padronizadas pela prefeitura por toda praia – além da quantidade de salva-vidas. Almoçamos numa delas e achamos a conta bem mais acessível do que imaginávamos. Como o sol estava de lascar, voltamos mais cedo para a pousada e aproveitamos para conhecer a Praia dos Ingleses, onde estávamos hospedados. Foi uma surpresa quando descobrirmos as dunas: fizemos sandboards e demos boas risadas!
Existem três centros do bochicho em Florianópolis: a Lagoa da Conceição, Jurerê Internacional (onde estão concentradas as mansões e toda ostentação da ilha) e a praia dos Ingleses. Durante os dias de férias, alternamos as noites nestes locais. Destaque para a Pizza na Pedra, na Lagoa da Conceição, o El Divino Clube em Jurerê, e nos Ingleses, o restaurante Docas. Todos eles têm comida boa, barata e diferenciada. Mas, aproveite e coma tudo o que puder de camarão!
Ir a praia Mole é um evento à parte – é a praia mais descolada da região, com muita gente bonita e mar transparente. É por ela que se tem acesso à praia de Galhetas, local de naturismo com entrada permitida aos “vestidos”. Um ponto turístico e tanto!
Outras praias para conhecer são: Praia do Santinho, Canasvieiras, Daniela e a famosa Joaquina e, a 60 km ao Sul, por uma estrada muito perigosa, Guaropaba com suas praias do Rosa e Ferrugem. Na volta, bem na metade do caminho, paramos em Guarda do Embaú, um vilarejo alternativo, onde inúmeros estrangeiros escolheram para morar e trabalhar como donos de pousadas e lojas descoladas.
O que continua a chamar a atenção quando se viaja para o Sul é a quantidade de pessoas educadas, bonitas e atenciosas, a limpeza das praias e das cidades, a ausência de ambulantes invadindo nossos planos… E o custo de vida muito menor do que o nosso que, conseqüentemente, traz uma quantidade enorme de argentinos. Até parecia que estávamos nas praias do Caribe!
Ah! Em Florianópolis, por ser muito grande, é comum ver pessoas pedindo carona. É parte da cultural local, por isso, não tenha medo de fazer novos amigos! Aliás, a cidade é muito segura e a noite, as pessoas passeiam à pé despreocupadamente. Um paraíso, não? Então, nas próximas férias reúna afamília, ou os amigos, alugue uma casa próxima ao mar – de preferência na praia Mole – e esqueça por uns dias essa loucura de viver em São Paulo!
Your point of view caught my eye and was very interesting. Thanks. I have a question for you.