PUNTA CANA: um sonho realizado!
Eu aprendi que devemos ter um caderninho com todos os nossos sonhos e que, em todo inverno, devemos revê-los. Ver os sonhos que realizamos, os que estão na fila de espera e os que já não fazem mais parte da nossa história, mas que ainda levávamos conosco. Com isso, limpamos muito do peso que carregamos em nossas vidas. Aliás, isso é possível fazer no inverno com tudo o que está ao nosso redor.
Depois de muito estresse e um tempo sem viajar, um sonho foi realizado! Eu e minha mulher sonhávamos em ir para um lugar tranquilo para descansar a mente e o corpo. Uma semana de férias! Decidimos ir a um resort, onde ficaríamos na praia, tomando sol, tendo vento como aliado na tarefa de limpar as teias de aranha da nossa mente.
Começamos a nossa pesquisa e a primeira opção foi Nordeste. Selecionamos alguns hotéis, fizemos a cotação e descobrimos que para o período desejado estavam todos lotados.
Resolvemos então ver outras opções, e no meu caderno de sonhos estava Punta Cana. Fizemos a cotação e descobrimos que era mais barato ir para a República Dominicana do que ir para o Nordeste. Optamos por um pacote de nove dias da CVC, que oferecia um excelente hotel, em um lugar maravilhoso — e ainda parcelado. Nosso destino foi Punta Cana, e o Hotel Iberostar Dominicana.
A companhia aérea que nos levou foi a Gol, com escala em Caracas. Ótimo pessoal de bordo, mas, durante o trajeto, 8 horas de voo, serviram apenas dois sanduíches pequenos. Então aí vai a primeira dica: se você for de Gol, leve um lanche, pois nesses voos nem a opção de comprar eles dão. A melhor escolha seria pela Copa Airline, que tem escala na Cidade do Panamá. Este voo é mais longo, pois há troca de aeronave. No entanto, possibilita uma passagem pelo Free Shop, que tem preços atrativos e muitas lojas.
Outra dica: pela Copa Airline, por ter escala na base da companhia, você tem opção de ficar alguns dias no Panamá. Converse com a sua operadora.
O aeroproto de Punta Cana é muito interessante. Todo rústico, coberto com folhas de cana (coqueiro típico da região, que lhe dá o nome) e tem ventiladores gigantes com 12 pás e mais de 2 metros cada. É um aeroporto privado que tem como um dos principais sócios Julio Iglesias.
O hotel em que ficamos está junto de outros três hotéis da rede, numa área muito grande, incluindo campo de golfe. Um hotel enorme, maravilhoso, com uma área verde imensa.
Todo o serviço é All, ou seja, comida e bebida à vontade. Os atendentes ficam o tempo todo oferecendo bebidas e se preocupando se você está sendo bem atendido.
A comida é farta e muito variada. O hotel tem 5 restaurantes típicos: frutos do mar, francês, mexicano, hard rock e japonês. Para usufruir desses restaurantes é necessário fazer reservas antecipadas, e cada hóspede tem direito a escolher três deles no pacote de uma semana.
O hotel está localizado numa praia paradisíaca. A cor do mar fica entre um verde alface e azul cristalino, com águas transparentes e mornas. A areia é branca e fofa. Na praia, o hotel disponibiliza quiosques cobertos com cana, entre coqueiros, onde se curte a brisa e a vista do mar, repousando em espreguiçadeiras. Atrás dos quiosques está o parque aquático, com piscinas de vários tamanhos e, ao redor, restaurantes e quiosques de alimentação. De tempos em tempos, vêm garçons ou garçonetes, muito gentis, para saber o que queremos beber. Outros passam constan-temente limpando a areia da praia e recolhendo os copos usados.
Todos os dias há um panelão com diferentes tipos de paellas ou pratos com frutos do mar, que você pode comer na praia. Há também grelhados de todos os tipos para o almoço, além de um buffet bem sortido no restaurante da piscina. Toda noite há shows com grupos de cantores e dançarinos que fazem de tudo um pouco.
Com relação ao país, tem muita pobreza no entorno e não dá para ficar andando, até porque tudo fica distante dos hotéis. As excursões oferecidas não são baratas, mas algumas valem a pena. Escolhemos nadar com os golfinhos. Fomos a uma plataforma no mar com vários tanques com golfinhos, tubarões, arraias e leões-marinhos. Os golfinhos passam por nós e podemos tocá-los. Os tubarões e arraias ficavam no fundo dos tanques e não nos molestavam. É bom esclarecer que os tubarões são os “tubarões lixa”, portanto não são perigosos e não atacam. E as arraias são desprovidas de ferrão. Por outro lado, os leões-marinhos fazem exibição o tempo todo.
Fomos conhecer Santo Domingo, a capital, que fica a 2h30 de distância, agora com acesso mais rápido pela nova rodovia. Visitamos a primeira catedral das Américas, uma estrutura simples, com arquitetura gótica e barroca e datada de 1514. A casa de Diego Colon, filho de Cristóvão Colombo e primeiro vice-rei, foi restaurada e mantém as características da época. Passear pelo centro antigo é como voltar no tempo e se sentir nos idos de 1500. Vale a pena!
Outro passeio que fizemos foi pelo mar do Caribe. Levaram-nos de ônibus até o ancoradouro e pegamos um catamarã, barco à vela, maravilhoso. Navegamos pelo mar do Caribe, verde-claro, até um banco de areia onde pudemos observar estrelas-do-mar vermelhas aos nossos pés. Fomos até os mangues e contemplamos a paisagem exuberante de águas cristalinas, onde pudemos ver filhotes de aves e peixes: um verdadeiro santuário de procriação.
Voltamos ao barco e um suculento almoço à base de lagosta assada na brasa nos aguardava. Navegamos pelo Caribe até a desembocadura de um rio, onde passamos para um barco, semelhante àqueles que há no Mississipi, e navegamos rio adentro por uns 30 minutos. Foi fantástico. Brindamos toda emoção com champagne.
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