Das Arábias

A região do oriente médio foi o berço da civilização e os grandes impérios que dominaram a região foram responsáveis pela formação da culinária árabe: o persa (539-331 a.C.); o árabe (630-1258) e o otomano (1281-1918).

Entre os rios Tigre e o Eufrates, no atual Iraque, os homens cultivaram trigo, cevada, pistache, nozes, romãs e figos que floresciam ao lado dos rebanhos de carneiro e de cabras. E ao misturararem ingredientes diferentes, fizeram o pão, que nasceu chato e redondo. Quando os fenícios povoaram a região do Líbano, surgiu o hábito de cobrir o pão com carne e cebola. Nascia. então, a esfiha. Por volta de 500 a.C., os persas, antigos habitantes do Irã, trouxeram ingredientes mais complexos, como arroz, pato, amêndoas e frutos frescos, e muitas especiarias: cominho, cardamomo, coentro, feno-grego, cúrcuma e gengibre. Os sultões do Império Otomano acrescentaram as massas ensopadas com mel e recheadas com nozes e amêndoas moídas, bem como o café forte e adoçado. Carne de carneiro assada ou frita na manteiga ou no óleo era bastante apreciada nos palácios, assim como os miúdos macerados e mergulhados em uma mistura de leite azedo e especiarias.

O carneiro ainda é o principal animal consumido. Entre os grãos permaneceram o trigo, a lentilha, a ervilha, o grão-de-bico e o arroz, e entre os legumes, sempre recheados e em conserva, a abobrinha, repolho, folha de videira ou de parra, acelga, tomate, pimentão e berinjela. As tradicionais especiarias dão sabor e perfume aos alimentos. É comum cada país possuir seu próprio mix de especiarias, encontrado já pronto no comércio.

Para os árabes, as refeições são verdadeiros rituais, os pratos em grande variedade são servidos em pequenas porções, sempre acompanhados de pão pita e áraque, bebida típica à base de anis. Um povo que adora receber. Enquanto a mesa estiver posta, as portas das casas permanecem abertas e todos os que chegam são convidados a se sentar. Segundo a tradição a mesa deve conter ao menos o dobro da quantidade de iguarias suficientes para alimentar os convidados. Esses, por sua vez, devem comer mais do que o habitual para demonstrar satisfação e agradecer a hospitalidade.


Doce…

Kahk

3 ovos, 2 xícaras de chá de açucar, 220 gramas de manteiga, baunilha, 3 xícaras de farinha de trigo, 3 colheres de sobremesa rasas de fermento em pó, frutas cristalizadas

Bata todos os ingredientes na batedeira, menos as frutas cristalizadas.Passe as frutas cristalizadas na farinha de trigo e acrescente-as à massa já batida. Misture bem. Coloque em forma untada e enfarinhada. Asse em forno brando por cerca de 45 minutos.

…Salgado

Charuto de Folha de Uva

Charuto: 150 g de folhas de uva , 250 g de músculo cozido e cortado em fatias
suco de 1 limão, sal e pimenta síria a gosto, caldo de carne

Recheio: 350 g de patinho moído, 1/2 xícara (chá) de arroz lavado e deixado de molho em água bem quente, 1/2 cebola picadinha, 2 colheres (sopa) de cebolinha verde picada bem fininha, 1 colher (sopa) de hortelã fresca picadinha, 2 tomates sem pele e sem semente picados em cubinhos, sal e pimenta síria a gosto

Recheio: Misture, sem amassar, a carne, o arroz, a cebola, a cebolinha verde, a hortelã e os tomates. Tempere com sal e pimenta síria. Vá acrescentando água, aos poucos se for necessário.

Charuto : Prepare as folhas de uva: se elas forem pequenas, conserve-as inteiras. Se forem grandes, corte-as pela metade ao longo da nervura central. Retire esta nervura, corte os cabinhos das folhas bem rentes, lave-as e escalde-as. Em seguida faça os charutinhos: estenda as folhas de uva com a parte lustrosa para baixo. Espalhe o recheio acompanhando as nervuras. Dobre os lados das folhas, e enrole. Em seguida, forre o fundo de uma panela com algumas folhas de uva, abertas. Cubra-as com o músculo e, finalmente, os charutinhos dispostos em camadas. Despeje o caldo de carne, morno, e cozinhe com um prato por cima. Tampe e deixe cozinhar durante 1 hora e meia. Então sem retirar do fogo, junte o suco de limão. Tampe novamente e deixe cozinhar por mais uma hora. Sirva quente acompanhado de coalhada fresca.