Minha mãe PPhilomena Trota Villano
Minha mãe chamava-se Philomena Trota Villano (assim mesmo com dois “Ph”). Filha de pais italianos, nasceu em 1893 na rua 7 de Abril. Era a mais velha de nove irmãos.
No começo do século 20, veio com a família para a Vila Mariana e veio morar na rua Humberto I. Casou-se com 21 anos e continuou a morar na casa de meu avô. Teve sete filhos – sou o segundo deles. Ela nos educou muito bem! Era enérgica e afetuosa. Cozinhava, cuidava da casa e costurava nossas roupas. Adorava fazer crochê e tricô! Sua macarronada que, como manda a tradição, era servida às quintas e aos domingos, era deliciosa. Como meu pai trabalhava no Matadouro Municipal, ele trazia banha e miúdos de porco e minha mãe cozinhava e fazia lingüiças. Todo dia comíamos carne fresca.
Ela teve o privilégio de conhecer cinco gerações: filhas, netas, bsnetas e tataranetas. Para se ter uma idéia da longevidade de minha família, minha mãe e meu pai foram padrinhos de casamento de sua bisneta!
O que mais sinto saudades de minha mãe é do carinho que ela tinha por nós e do exemplo de honestidade que ela nos passou. Agora, quando a gente aprontava, ela não pensava duas vezes: puxava nossas orelhas e nos dava castigos.